Muito se houve falar nela, mas você conhece a história da aromaterapia?
Há muito tempo atrás, não existia distinção entre médico, biólogo, astrônomo e psicólogo. Esses profissionais eram conhecidos como sábios, pois agregavam conhecimentos em diversas áreas. Eles eram os responsáveis por manter a saúde da comunidade equilibrada.
Hoje em dia temos cada vez mais especializações, tornando esse tipo de profissional muito raro. Poucos profissionais integram diversas áreas para compor o seu atendimento.
História da aromaterapia
Óleos essenciais na antiguidade
A história da aromaterapia começou há milênios. Arqueólogos comprovaram que até mesmo os neandertais já utilizavam plantas aromáticas, há mais de 200 mil anos.
Em contrapartida, é difícil precisar os primeiros usos pela espécie Homo sapiens, mas alguns registros do Antigo Egito datam de mais de 3.500 anos antes de Cristo!
Nessa época ainda não existia a tecnologia para extração do óleo essencial puro. As plantas aromáticas eram maceradas em óleos vegetais, filtradas, utilizadas e comercializadas com o nome de unguento.
As regiões que mais utilizavam os unguentos eram a Babilônia e o Egito. Suas aplicações eram feitas tanto para fins medicinais quanto para fins estéticos, em cosméticos para cabelo e pele.
Óleos essenciais e seu uso sagrado
Na base da Esfinge de Gizé, os óleos essenciais têm espaço de destaque. Há uma placa de granito mostrando o rei Tutmosis oferecendo incenso e óleos aromáticos a um deus com corpo de leão.
Heliópolis, a cidade onde se venerava o deus Rá, valorizava muito o uso de compostos aromáticos. Lá, a resina de Olíbano era queimada pela manhã e a resina de Mirra era queimada pela noite em oferenda aos deuses.
Outro fato interessante é que o famoso faraó Tutankhamon foi embalsamado com cosmético inteligente contendo óleo de Cedro do Atlas (Cedrus atlantica), extraído da forma rudimentar que já explicamos, na época.
Os cientistas atualmente acreditam que isso pode explicar seu excelente estado de conservação. O óleo essencial de Cedro do Atlas possui propriedades antioxidantes e rejuvenescedoras.
Quando a tumba do faraó Tutankhamon foi aberta, em 1922, descobriu-se um grande número de vasos de alabastro que continham diversos óleos aromáticos.
Algumas análises científicas posteriores detectaram a presença de Olíbano e Nardo Indiano, entre diversas outras plantas.
Comércio de óleos na Antiguidade
O comércio de plantas aromáticas já era muito intenso na Antiguidade. As principais rotas eram no Egito, Oriente Médio, Pérsia, Babilônia, Índia e China.
A Rota do Incenso é um sítio arqueológico reconhecido pela UNESCO em Omã. Tantas pessoas passavam por essa trilha que ela consegue ser visualizada da atmosfera terrestre.
As plantas aromáticas eram tão valorizadas que o Olíbano e a Mirra tinham seu preço equivalente ao ouro. Na representação religiosa, isso é comprovado por serem os presentes escolhidos para o menino Jesus pelos Três Reis Magos.
A palavra incenso, na Bíblia, deriva do inglês Frankincense, que significa Olíbano. Uma tábua de argila babilônica datada de 1.800 a.C. descreve um pedido comercial de óleo importado de Cedro, Mirra e Cipreste.
Os primeiros perfumes da história
Desde o Antigo Egito, os perfumes conquistam pessoas de todos os lugares.
Cleópatra, a última rainha da dinastia ptolomaica do Egito, antes da invasão da Grécia, amava aromas. Ela utilizou diversos perfumes para conquistar os imperadores Marco Antônio de Tarso e Júlio César.
Os gregos também faziam amplo uso das plantas aromáticas. Um dos perfumes gregos mais famosos era conhecido como Megaleion, em homenagem ao seu criador, Megallus. Era uma mistura que continha, entre outros ingredientes, Mirra e Canela.
Diversas receitas de perfumes foram dedicadas a deuses.
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